sábado, 20 de outubro de 2012

Gold

Um maço antigo de cigarros, guardado no fundo da gaveta.
Mal via minha vontade, mal sentia essa agonia que agora esvai-se junto da fumaça antiga do maço antigo, dos antigos cigarros. E para extinguir-me por inteiro – assim como para completar o ciclo de que tudo que é antigo um dia morre – saí do aconchego da fumaça quente para juntar minhas cinzas espalhadas pelo chão e começar uma nova vida com novos maços e cigarros e, quem sabe, futuros amores. Fui matando, em mim, o que já estava morto.


Autor: Amanda Guedes Drumond e Brenda Kobe

Nenhum comentário:

Postar um comentário